sábado, 15 de outubro de 2016

PERSISTENTES NA ORAÇÃO

Por Padre Rogério Zenateli

A nossa humanidade precisa constantemente de razões para poder exprimir a sua força de viver. Experiências abstratas nem sempre nos motivam a perseverar em algum propósito.

A experiência concreta que o Povo Escolhido adquiriu do abstrato de Deus, atribuí à divindade, as suas vitórias. Na passagem da primeira leitura desse domingo (Êxodo 17, 8-13), o povo escolhido enfrenta a tribo dos amalecitas. Povo violento e que comete um ato maldoso contra o povo eleito.

O episódio é narrado dentro do contexto da saída do Egito e ao atravessar a montanha em busca de adentrar na terra dos antepassados, o povo eleito, encontra a tribo dos amalecitas habitando as montanhas e lhes pede água para atravessar. No entanto, a tribo realiza um ataque aos enviados e os mata.

Moisés diante desse ato violento ordena que Josué ataque a tribo. E como costume daquela época, atribuem a vitória sobre os amalecitas à Deus. Com o episódio da oração constante, o autor da narração quer nos transmitir uma mensagem de fé. Pois, o Deus revelado por Jesus, está bem distante de querer a morte de suas criaturas. Assim o texto deve ser entendido à luz do seu contexto e cultura da época.

No Evangelho (Lucas 18, 1-8) o tema da insistência na oração nos coloca diante de uma comparativo da primeira litura. A completa. A oração deve ser constante e de espera. Trata das demoras de Deus e nos convida a sermos persistentes diante das demoras.

Nossas orações não devem exigir uma graça, mas, sim deve exigir de nós uma fé inabalável, incansável. Isso fica claro quando Jesus diz no final da narrativa lucana se acaso o Filho do Homem encontrará fé sobre a terra? Ou seja, quando Ele vier, estaremos perseverantes em nossa fé? Haveríamos de abandonar a nossa confiança em Deus e o Senhor, nos encontrar desanimados pelas estradas da vida?

Como a Moisés, Jesus, quer que estejamos com os braços em riste que, significa, persistentes na oração para que nossa fé não esmoreça.

Na segunda leitura, (2Timóteo 3, 14-4,2) Paulo orienta o bispo Timóteo a se suster na Palavra para que a suas ações e ministério não seja esmorecido pelas dificuldades. A Palavra contém o abstrato de Deus e nos relata ao mesmo tempo as experiências concretas que o povo eleito e o povo de Deus obteve pela perseverança na oração, não vacilando na fé e esperançosos nas promessas do Pai Criador.


Que nós, os novos discípulos missionários de Cristo, possamos estar perseverantes na oração que sustenta a nossa fé e nos faz confiar na Palavra de Deus, que alimenta nossa força para as atitudes que a fé nos motiva à realizar.

Referências
ARMELINI, Fernando. Celebrando a Palavra Ano C. São Paulo/Ave Maria, 2005. 4ed. p. 425-431.

IGREJA em Oração. Nossa Missa no dia a dia Ano II n. 22. Ano C - Outubro 2016. Edições CNBB p. 75.

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