terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O Encontro de Deus com Abraão e o Messianismo de Jesus



Por Padre José Ferrari Marins

Foto: Padre Rogério Zenateli 

O texto da Missa do segundo domingo da Quaresma, deste ano de 2016 foi sobre o encontro de Deus com Abraão. Mas a história começou muito antes.

O fato é que Deus não quer viver sem nós, e nós não podemos viver sem Deus. Então o criador de tudo nos convidou a colaborar, fazendo parte responsável de ser um povo realmente unido que têm consciência de ser filhos e filhas de Deus, irmãos entre si e administradores da história.

O texto do Gênesis 15,5-1217-18 conta o simbolismo usado com os animais e o pacto feito entre Deus e a humanidade.

Quando o Povo se desviou, se desgraçou também. Terminou escravo no Egito. Apesar de escapar daquele opróbio, ressurgiu a escravidão, agora de uns a outros, do homem à mulher, às crianças, aos outros seres humanos de diferentes clãs e nações. A que Moisés proclama não foi suficiente. Nem os esforços do profeta Elias com Eliseu puseram fim ao egoísmo individual e coletivo dos humanos até do Povo escolhido. E não faltaram outras escravidões até a ocupação romana.

Deus manda o seu Filho, o que deve ser ouvido e seguido para poder salvar.

Começa reconstruindo pessoa por pessoa, do físico ao psicológico, do individual ao coletivo. Da família ao clã e ao Povo de Israel.

Não quer ser entendido com o Messias poderoso, espécie de Mágico de Circo que faz milagres, ou líder popular que prepara revoluções, logo também elas superadas e transformadas em guerras permanentes.

A salvação de Jesus não poderia ser de tipo militar, econômico, político, milagrosa, mas uma conquista pela transformação global, permanente, voltando às propostas do pacto inicial com Deus. Por isso se tratava de outro tipo de Messias, do que o esperado popularmente.

No monte Tabor, os mais ativos da equipe de Jesus, se encontram com Moises (a salvação pela Lei), Elias (a profecia salvadora), e Jesus, o Messias que não coloca na cruz aos inimigos do povo, mas deixa a si mesmo ser crucificado. Passa pela experiência de sofre r a experiência do abandono total... - Pai, porque me abandonaste? , para que nunca mais isso pudesse ser a perdição dos membros do Povo de Deus.

A mensagem da Transfiguração é: não vamos ficar aqui nas três tendas da proposta de Pedro, mas os seguidores de Jesus é que vão sair até os confins da terra para fazer chegar a cada pessoa a proposta fundamental do ministério de Jesus – o Reino de Deus, vencida as tentações do  Tirar proveito de tudo, transformando pedra em pão; abraçar a qualquer preço a prosperidade sem limites com o poder que não é serviço (“Tudo isso te darei!”), e do prestigio que cega por sentir-se ou querer ser “não como os demais homens”.

Essa vocação vai levar a comunidade do pacto com o pai e renovada pela morte e ressurreição de Jesus ao ponto de estar onde na plenitude da paz, justiça, felicidade, amor, comunhão... onde, numa palavra, “ os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, ninguém ousou imaginar o que Deus preparou para os que o amam, e são seu povo.

Pastoral Vocacional realiza encontro com jovens e adolescentes

A Pastoral Vocacional de nossa Comunidade sobre a orientação do Padre Rogério Zenateli, estará oferecendo um encontro vocacional intitulado CONVERSAÇÃO com adolescentes e jovens a partir dos 10 anos de idade.

O Encontro tem como tema: O DOM DA VIDA. E tem como desenvolvedor do tema padre Rogério que irá introduzir os participantes para uma conversa sobre a vocação à vida humana no plano de Deus.

O Encontro Conversação 2016 acontece neste sábado dia 27 de fevereiro e tem inicio às 16:30 na Igreja Matriz São Joaquim.

Fé, vida e religião vazias, podem?



Foto: Padre Rogério Zenateli

Fé, vida e religião vazias, podem?
Reflexão sobre Isaias 1, 10.16-20 e 
Evangelho Mateus 23, 1-12

Por Padre Rogério Zenateli

A humildade constitui-se um importante passo na história de nossa vida. Reconhecer que somos humanos e limitados, que cometemos erros em nosso caminhar e mudar nossas atitudes a fim de não errar mais, torna-se além de humildade, conversão.

A humildade e a conversão são elementos essenciais do que agrada a Deus em nosso envolvimento com Ele e com o próximo. Pois, assim, o que nos perdoa os pecados que possuímos, não são os cultos e oferendas: são a justiça e a misericórdia de Deus.

A humildade e conversão que praticamos são vias que nos torna justos (santos) na história de nosso perdão. Esse processo de perdão iniciado por Deus por causa de seu amor por nós, se insere em sua justiça e misericórdia. Uma vez que, reconhecemos nossas culpas, Deus lança a sua justiça contra nossa fraqueza. Reconhecendo com humildade que somos fracos, o arrependimento dos nossos atos errôneos, é o motor que nos impulsiona à misericórdia de Deus em nosso progresso de conversão.

As atitudes de enfrentar a nós mesmos e corrigirmos o que fere a nossa humanidade, Deus nos sacia com a sua justiça e misericórdia, perdoa nossos pecados e confia em nós porque nos ama.

O homem religioso deve, no culto prestado a Deus, oferecer os elementos de sua humildade e conversão. De nada adianta uma prática litúrgica desvinculada da fé e da vida. Torna-se culto vazio e sem sentido a Deus. Exaltar a fé e não vida de fé esvazia-se inclusive a religião.

A liturgia sincera de um culto a Deus deve manifestar a história da vida de fé do povo. Encarnada na realidade humana e elevada a Deus como sinal de sua presença junto ao povo, agindo com a sua justiça e misericórdia, é o culto que se presta sobre os altares a Deus.

Exprimir, na liturgia, a participação do amor de Deus na história do homem e desse na história do amor de Deus por cada ser vivo. O exprimir a fé em sua vida torna-se uma resposta positiva da parte do homem para com Deus e um culto agradável.

Sinal que corresponde a fé e vida do povo são as práticas de uma religião inserida na justiça e misericórdia de Deus que não lhe oferece um culto vazio, mas, a expressão da corresponsabilidade e participação com a justiça e misericórdia de Deus na vida de cada homem e mulher no mundo.

Partindo de uma história individual ao coletivo na manifestação da fé e vida e ou vida de fé. Assumindo com humildade e me convertendo diante de minhas fraquezas sou exemplo a ser seguido. Senão, a hipocrisia reina assim como o vazio de um culto desnecessário a salvação.

Possamos celebrar bem nossas liturgias não só nas igrejas, mas, inclusive nos altares que o nosso dia a dia nos oferece. Sempre sejamos os homens e mulheres que agem liturgicamente para o bem de todos e glória de Deus. Senão, esvaziamos de sentido a nossa fé, a nossa vida e a nossa religião.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Curso Bíblico sobre Evangelhos tem início

Pe. José Ferrari Marins. Foto Pe. Rogério Zenateli
Durante a avaliação por parte dos fiéis de nossas Comunidades, da Assembleia Paroquial ocorrida no dia 06 de Dezembro de 2015, dois pontos essenciais para a nossa caminhada paroquial foram pedidos na avaliação como ação a desenvolver.

1) Formação do Povo com Cursos Bíblicos
2) Fortalecer as Pequenas Comunidades (bairros e setores)

Diante dessa proposta de nossos fiéis, Padre Lúcio, Rogério e Marins, organizam o Curso Bíblico e os Círculos Bíblicos nas Pequenas Comunidades. 

Padre Marins, iniciou no dia 15 de Fevereiro o Curso Bíblico dos Evangelhos. Até o final de Abril 2016, padre Marins, irá formar os fiéis com aulas sobre os 04 Evangelistas que nos apresentam a pessoa de Cristo Jesus.

O Curso ocorre de uma forma itinerante nas Pequenas Comunidades conforme o programa abaixo:

Segunda-Feira: Comunidade Rainha da Paz no Salão Rainha da Paz na COHAB às 19:30
Terça-Feira: Comunidade São Joaquim no Salão Pe. Agnelo no Centro às 19:30
Quinta-Feira: Comunidade Nossa Senhora Aparecida na Capela NSa. Aparecida na Vila às 19:30
Sexta-Feira: Comunidade Santa Luzia no Centro Comunitário da CECAP às 19:30

O curso transcorre de uma forma dinâmica e bem conduzida pelo Padre Marins, missionário de nossa Arquidiocese, em plena comunhão com o Igreja e seu Magistério no espírito do Concílio Vaticano II que ressalta a renovação das Paróquias. O Curso é atualizado às fontes exegéticas e estudos e descobertas recentes sobre a Sagrada Escritura, longe dos fundamentalismos e seguindo o método proposto pelo Magistério da Igreja: Critico Histórico. 

A forma itinerante proposto pelo Padre Lúcio ja ressalta o segundo pedido das Comunidades em fortalecer a vida das pequenas comunidades. Nada melhor do que fortalecer com a Palavra de Deus, sem fundamentalismos e superstições, mas, com muita clareza e proposta de nossa Igreja, dialogante com o mundo a fim de que todos tenha a vida em plenitude.

Ainda em vistas de atender a segunda exigência, a de fortalecer as Pequenas Comunidades, a partir de maio, dando continuidade à Formação Biblica, acontecerão os Circulos Bíblicos às quartas-feiras nas Comunidades. O material já está sendo estudo e no tempo correto será então adquirido pelos nossos fiéis.

Quaresma, Jejum, Oração e Penitência, por quê e para quê?

por Padre Rogério Zenateli 
 
Fui perguntado certa vez por uma adolescente sobre o por que da Quaresma ser um tempo de conversão e penitência. O questionamento, no entanto, era fruto de uma convicção que me chamou a atenção. 

A referida adolescente, recém convertida ao cristianismo católico a alguns poucos anos, possuía a convicção de que a conversão e a penitência não deveria acontecer apenas na Quaresma. "Pois é - disse à ela - se todos tivessem a mesma compreensão do que é conversão e penitência, não a faria apenas durante a Quaresma!".

Pois bem, queridos irmãos e irmãs, a Quaresma é um período que nos prepara para a Páscoa (Ressurreição de Cristo). Ela existe, por causa da compreensão do povo diante o mistério da Ressurreição de Cristo ser tão importante que, não poderia ser preparada apenas por uma semana (Semana Santa ou Semana Maior), era preciso ter mais tempo para a compreensão de todo o mistério que envolve o sentido de nossa fé cristã. Por isso, a Igreja estabeleceu o período de 40 dias para prepararmos as comemorações da Ressurreição de Cristo a qual chamamos de Quaresma.

Trata-se de uma maneira catequética e didática de nos preparar bem para, não apenas comemorar, mas, inclusive fazer memória do Sacrificio de Cristo pela salvação/libertação de toda a humanidade.

As práticas quaresmais de jejum, luta contra o mal e oração, faz com que compreendamos a Quaresma também como a renovação da própria vida.

A oração nos dirige a Deus pedindo forças para nos converter e crermos no Evangelho.
A luta contra o mal através da prática da penitência pela abstinência de algum alimento e ou atos, para dominarmos as paixões e o egoísmo.
O jejum como desapego de si e preocupar-se com o bem do próximo. 

Nenhuma dessas práticas acima podem ter efeito, especialmente o Jejum, se ele não saciar a fome do pobre. A promoção do homem todo é a grande mensagem da Ressurreição de Cristo. Sua Paixão, Morte e Ressurreição foram gestos de amor profundo de um Deus para com as suas criaturas e por isso, seu sacrificio é nos libertador. Uma vez que nos liberta das amarras do mal (Oração do Pai Nosso) e do egoismo (deu a sua vida pela nossa).

Deus não quer e não deseja o sofrimento do homem, mas, aceita o seu jejum como forma de amor ao próximo. Há muitos que fazem jejum baseado apenas na estética do seu corpo. Massageando o seu ego, deforma o amor e o equilibrio com que Deus fez todas as coisas. Por isso, desde Jesus, a Igreja ensina uma prática de jejum que ajuda o próximo.

Pensando em um gesto mais humano e solidário, a Igreja no Brasil, pela Conferência Nacional dos Bispos dos Brasil (CNBB), lançou o projeto da Campanha da Fraternidade. A décadas a campanha vem sendo realizada com um cunho social e de promoção humana.

Propõe em um gesto concreto: 1) a reflexão de temas pertinentes ao bem estar social e 2) com o recurso financeiro de doações dos fiéis nas missas do Domingo de Ramos, ajuda a desenvolver programas sociais no país. 

Esse ano em parceria com o Conselho de Igrejas Cristãs (CONIC) a CNBB quer refletir sobre o saneamento básico que vitima cerca de 3 crianças por dia por doenças causadas pelo esgoto a céu aberto nas períferias de muitos Estados brasileiros. Assim como a preocupação com a Ecologia em si. 

As Campanhas da Fraternidade surtiram tanto efeitos positivos na vida dos fiéis no Brasil que não tem como separar Quaresma de Campanha da Fraternidade, elas caminham juntas.

Possamos diante da nossa convicção de fé que não apenas busquemos a conversão e a correção de nossa vida apenas no período quaresmal, mas, o possamos fazer de nossa uma vida uma entrega total a Ele e aos nossos irmãos e irmãs todos os dias de nossa existencia no mundo criado por Deus, nossa casa comum, nosso lar.

Reflexos do Retiro de Carnaval 2016

Com a intenção de favorecer aos jovens das nossas Comunidades um encontro pessoal com a pessoa de Jesus Cristo, a Renovação Carismática Católica de Igaraçu do Tietê, realiza a 27 anos o Retiro de Carnaval.

Esse ano tiveram a colaboração mais direta dos padres e dos Catequitas de nossa Comunidade.

Foram aproximadamente cerca de 280 participantes que, durante os dias 06 à 09 de fevereiro realizaram esse encontro com Jesus a base de muita alegria, descontração e Palavra de Deus. Aconteceram as várias dinâmicas e pregações as missas bem participativas e presididas pelos padres Lúcio e Rogério. 

Com o tema: "Vê a Alegria que te vem de Deus" centenas de jovens aprenderam a sentirem a alegria em estarem com Jesus.

A Comunidade está satisfeita com mais esse Retiro de Carnaval e pronta para acolher nossos jovens em nossas atividades em prol do Reino de Deus.

Fotos você pode conferir na página da Pascom Igaraçu com o Link

https://www.facebook.com/Pascom-Igara%C3%A7u-392325360972116/?ref=hl

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Programa Religioso para o Feriado de 11 de Fevereiro

Dia 11 de Fevereiro a Igreja comemora o Dia Mundial dos Enfermos e memória facultativa de Nossa Senhora de Lourdes.

Em Igaraçu do Tietê é feriado municipal e temos uma programação religiosa com missas para envolver a maior participação dos fiéis.

Estejamos atentos a programação desse dia e venha participar com a sua família.

09:00 - Missa Campal na Praia Maria do Carmo de Abreu Sodré em frente à Gruta Nossa Senhora de Lourdes.

15:00 - Missa com Unção para os Enfermos na Igreja São Joaquim (Centro)
15:00 - Missa com Unção para os Enfermos no Salão da Comunidade Rainha da Paz (Cohab)

19:30 - Missa nos Setores São Vicente de Paulo (Altos de Igaraçu) e São José (Bairro São José).

Imagem de NSa. de Lourdes
na Gruta da Prainha receberá
limpeza e conservação.
Foto: Padre Rogério Zenateli
Por ocasião do feriado municipal, a Prefeitura está revitalizando a Gruta Nossa Senhora de Lourdes na Praia Maria do Carmo de Abreu Sodré. 

A revitalização faz parte das obras de conservação da Praia que está recebendo desde o ano passado manutenções importantes.

A Praia Maria do Carmo de Abreu Sodré, carinhosamente conhecida como Prainha de Igaraçu do Tietê, é um dos cartões postais de nossa querida Instância Turística, por isso, a atenção especial na revitalização e reformas para acolher a população igaraçuense e visitantes para momentos de lazer e convívio familiar desfrutando as belezas naturais às margens do lendário e mais importante rio do Estado de São Paulo, o Rio Tietê.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Comunidade realiza primeiro CMPP de 2016

Imagens Google (verbete Reunião)
O Conselho Missionário de Pastoral Paroquial (CMPP) se reúne na próxima sexta-feira dia 05 de fevereiro às 20:00 na Igreja São Joaquim. 

O CMPP é a unidade de todas as Pastorais, Movimentos, Associações e Comunidades de uma Paróquia Comunidade de Comunidades. Os coordenadores e vices coordenadores dessas ações apostólicas na Comunidade se reúnem uma vez por mês para tratar assuntos da vida missionária e pastoral da Paróquia. 

O CMPP compõe de uma organização interna com coordenador, vice coordenador e dois secretários com o auxílio dos padres ajudam a vida missionária e pastoral no território paroquial. 

A reunião segue com os comunicados dos eventos que ocorrem durante aquele mês; há a sua parte formativa com algum tema proposto; assim como, toma resoluções de ações nas atividades das Pastorais, Movimentos e Comunidades; aprovações de projetos entre outros assuntos oportunos para a vida comunitária.

A participação de outras entidades ou pessoas físicas ou jurídica da cidade no CMPP é possível mediante convite dos padres para esclarecer à comunidade alguma informação que seja oportuna para o momento, como por exemplo: a participação do Secretário da Saúde, Meio Ambiente, Comerciante local etc, para expor sobre assunto de sua atuação como esclarecimento e ou avisos importantes às lideranças e que venha interferir na ação apostólica da Igreja junto aos fiéis.

Um dos assuntos da Pauta é a apresentação das novas coordenações de algumas pastorais e lideres comunitários e boas vindas dos mesmos nas reuniões e ações na comunidade.

Nós padres convocamos as lideranças de nossa Comunidade a participarem desse primeiro encontro do ano em nossa Igreja de São Joaquim.