Por Padre Rogério Zenateli
A nossa humanidade precisa
constantemente de razões para poder exprimir a sua força de viver. Experiências
abstratas nem sempre nos motivam a perseverar em algum propósito.
A experiência concreta que o Povo
Escolhido adquiriu do abstrato de Deus, atribuí à divindade, as suas vitórias. Na
passagem da primeira leitura desse domingo (Êxodo 17, 8-13), o povo escolhido
enfrenta a tribo dos amalecitas. Povo violento e que comete um ato maldoso
contra o povo eleito.
O episódio é narrado dentro do
contexto da saída do Egito e ao atravessar a montanha em busca de adentrar na
terra dos antepassados, o povo eleito, encontra a tribo dos amalecitas
habitando as montanhas e lhes pede água para atravessar. No entanto, a tribo
realiza um ataque aos enviados e os mata.
Moisés diante desse ato violento
ordena que Josué ataque a tribo. E como costume daquela época, atribuem a
vitória sobre os amalecitas à Deus. Com o episódio da oração constante, o autor
da narração quer nos transmitir uma mensagem de fé. Pois, o Deus revelado por
Jesus, está bem distante de querer a morte de suas criaturas. Assim o texto
deve ser entendido à luz do seu contexto e cultura da época.
No Evangelho (Lucas 18, 1-8) o
tema da insistência na oração nos coloca diante de uma comparativo da primeira
litura. A completa. A oração deve ser constante e de espera. Trata das demoras
de Deus e nos convida a sermos persistentes diante das demoras.
Nossas orações não devem exigir
uma graça, mas, sim deve exigir de nós uma fé inabalável, incansável. Isso fica
claro quando Jesus diz no final da narrativa lucana se acaso o Filho do Homem
encontrará fé sobre a terra? Ou seja, quando Ele vier, estaremos perseverantes
em nossa fé? Haveríamos de abandonar a nossa confiança em Deus e o Senhor, nos
encontrar desanimados pelas estradas da vida?
Como a Moisés, Jesus, quer que estejamos
com os braços em riste que, significa, persistentes na oração para que nossa fé
não esmoreça.
Na segunda leitura, (2Timóteo 3,
14-4,2) Paulo orienta o bispo Timóteo a se suster na Palavra para que a suas ações
e ministério não seja esmorecido pelas dificuldades. A Palavra contém o
abstrato de Deus e nos relata ao mesmo tempo as experiências concretas que o
povo eleito e o povo de Deus obteve pela perseverança na oração, não vacilando
na fé e esperançosos nas promessas do Pai Criador.
Que nós, os novos discípulos
missionários de Cristo, possamos estar perseverantes na oração que sustenta a
nossa fé e nos faz confiar na Palavra de Deus, que alimenta nossa força para as
atitudes que a fé nos motiva à realizar.
Referências
ARMELINI, Fernando. Celebrando a Palavra Ano C. São Paulo/Ave Maria, 2005. 4ed. p. 425-431.
IGREJA em Oração. Nossa Missa no dia a dia Ano II n. 22. Ano C - Outubro 2016. Edições CNBB p. 75.
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